quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Notas da rotina

Sempre dou uma parada no vidro de anúncios da portaria para ver se há alguma novidade. Não que eu esteja procurando alguma coisa específica, talvez seja dessas pequenas ações autônomas da rotina. Que seja. Ocorre que sempre há alguém vendendo alguma coisa em meio a anúncios de serviços. É um apartamento, é um carro, é uma cama por R$ 40,00... opa, uma cama? Chamou-me atenção aquilo, mas por que vender uma cama?! Outro dia tiravam os toldos do estacionamento, e claro, estavam vendendo os toldos, a maioria velhos e enferrujados... Tenho a impressão de que não se dá mais nada, só se vende!
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E bate na porta (quase nunca alguém bate na minha porta) uma criatura “doce ou travessuras?” Como? “doce ou travessuras?” Ah... doce... Pausa (estava esperando ganhar um doce!). Depois que percebo que é “dia das bruxas”. E o que tenho que te dar? “doces!” Ah, puxa não tenho doces...Lá saio eu catando algum doce, achei umas bolachas de chocolate que não atraem crianças, ofereci. “Ah... não” e sai o guri. Que mal educado! Insisto: de chocolate! “Ah tá” pega e sai. E batem mais algumas crianças. Não tinha nenhum doce que criança goste, para uma ofereci um pudim de caixinha, virei as costas e a bruxinha “pudim de caixinha?!” Dei uma maria mole (de caixinha) e ainda disse que era melhor que a banana que ela havia ganhado. Ok, não aprecio esta data, mas vá lá, crianças... Bate a última criança, na falta de doces pedi travessura... ele de roupa de batman olha com aquela carinha meiga pintada “como assim”? Ganhou um pedaço de bolo de chocolate com côco.
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Lembrando: noto que não, o problema não é a venda de objetos, o que é algo bem normal - o comércio - e faz bem. Mas é que há coisas invendíveis, para mim uma cama normal é invendível oras! Dê para alguém que precise de uma! Conheço gente que ganha equipamentos, coisas, e depois as vende! Está faltando generosidade nas pessoas. Generosidade e observação: a generosidade é despertada (bem, quando existe “dentro” do indivíduo, imagino) quando ele observa o outro, a necessidade do outro. Claro que nem tudo é dável, por exemplo, se fosse uma cama quebrada, não se dá só porque está quebrada e não presta nem para ser vendida. Entendo que não há generosidade neste gesto, mas entendo que a generosidade está em dar (e mesmo retribuir) da melhor forma possível, porque queremos o bem do outro com o bem que damos, e fazemos.

4 comentários:

Matheus disse...

é, tem aquela frase "não dê para alguém oq não serviria pra ti"... acho que é mais ou menos assim. To no meio de um trabalho de biomecânica, beibe, regado à "Bohemia" (siiimmmm achei umas perdidas aqui em casa hahaha) e eis que vejo teu email dizendo pra entrar no teu blog... ahhh, não disse ao som de quê, né? Pois é, Quien me vá entregar, sus emociones? quien me va pedir que nunca le abandone? kkkkkkkkkkkkkkkkk perae, a musica mudou é uma dance estilo jovem pan kkkkkkkkkk hoje é sábado :p bjunda

hasta,hermana.
M. Suliman (esse é o nome científico que eu escolhi pro curriculum lattes kkkkkkkkkkkkkkkk)

Matheus disse...

agora a música é "deixo" da ivete... hoje nao to tão rebelde assim... cade minhas musicas indie/altern????? kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk... ahhh eu voto na idéia de doarem as coisas, mas que limpem antes! kkkkkkkk bjo fui

Matheus disse...

Eu quero um blog de volta. Posso usar aqui, o espaço dos teus comentários, pra fazer meu blog? to com preguiça de construir um kkkkkkkkkkk fui! deveras!

Lelê Carabina disse...

Arrá guri és tu... achei que fosse comentário de gente! hahaha Ivete? Só pode ter bebido mesmo! rsrs O post inspirado na tua conversa não postei ainda não... ah constrói um blog pra ti, seu invasor de blogues! bjsss ah gostei do M. Suliman, nem parece brasileiro kkkk hasta hermano