domingo, 28 de outubro de 2007

É preciso não esquecer nada

É preciso não esquecer nada:
nem a torneira aberta nem o fogo aceso,
nem o sorriso para os infelizes
nem a oração de cada instante.
É preciso não esquecer de ver a nova borboleta
nem o céu de sempre.
O que é preciso é esquecer o nosso rosto,
o nosso nome, o som da nossa voz, o ritmo do nosso pulso.
O que é preciso esquecer é o dia carregado de atos,
a idéia de recompensa e de glória.
O que é preciso é ser como se já não fôssemos,
vigiados pelos próprios olhos
severos conosco, pois o resto não nos pertence.


Cecília Meireles

Domgingo. Quero deixar para lá muita coisa, não porque mereça, talvez mereça, talvez não... quero passar bons momentos, celebrar a vida, porque eu acredito que apesar de tudo, apesar de todas agruras, é possível e importante celebrar a vida. É o que nos salva da selva. No fundo quem sabe eu sou uma otimista e aquela psicóloga estava errada (curso, não terapia que ainda não tenho coragem). Por falar em coragem, preciso criar coragem de mostrar o que eu mesma escrevo, meus simples poemas, por enquanto fico com Cecilia, nome da minha futura filha (se Deus quiser! não, não estou...), de qualquer forma tenho que aumentar meu repertório.
Vou terminar a capirinha e passar o domingo ao lado dos meus amores.

2 comentários:

Anônimo disse...

Oi, LELE.
Eu também passei o domingo em família, ao lado de minha filha Cecília (eu, que sou neto de uma e pai de outra Cecília... ah! e fã da Cecilia que você reproduziu neste post).
Uma boa semana pra você.
Obrigado pela visita.
Amitiés,
Beto.

Anônimo disse...

...faltou dizer: esquecendo as agruras e celebrando a Vida, que deve ser vivida. Meu mote poético foi Gerardo M Mourão (talvez me anime a postar algo hoje à noite).
AQ.