quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Últimas notícias...

1. Estou viva.

2. O anti-carnaval foi proveitoso: leitura, piscina, filmes e pizza em família.

3. De tempos em tempos tenho uma ânsia por livros, mais ou menos como mulheres por bolsas, não que normalmente e diariamente não tenha esta ânsia (por livros, não por bolsas, bem, por bolsas à vezes). Considerando a atual e sempre contenção financeira, apelei para a troca e saí catando livros trocáveis. Achei umas tranqueiras escondidas (literalmente) no armário, coisa do tipo “As Veias Abertas da América Latina” de Eduardo Galeano (do tempo da faculdade...), um romancezinho curto e sofrível do mesmo autor, “Ócio Criativo” de Domenico de Masi (também do tempo da faculdade, que coisa...), este nem terminei de ler, me bateu uma preguiça, e outros dois livrinhos com teor anti-americano, outros tempos, outros tempos, fui salva a tempo desse lixo todo. Só fiquei culpada em passar o lixo pra frente, mas salve a liberdade e o capitalismo!, troquei quase todos (o cara do sebo não quis o “Lolita”) pelo “Os Intelectuais” de Paul Johnson. É a minha atual empreitada. De lambuja e mais uns reais trouxe “O Ópio dos Intelectuais” de Raymond Aron. E, como criei várias desculpas irresistíveis e salutares, adquiri “Ortodoxia” de Chesterton (editora Mundo Cristão) na livraria de um shopping, estava na estante-destaque de “auto-ajuda”(!) (”Sobre o Islã” de Ali Kamel também estava nesta estante). Aos que não gostam de auto-ajuda, como eu, vão passar longe da estante. Talvez a classificação melhor para o livro seria “Religião”, mas aí haveria o óbvio prejuízo de imagem... pesados os prós e contras, fica tudo na auto-ajuda mesmo né, já não fazem da religião isso mesmo? Então, não ignore as estantes, não fosse “Ortodoxia” ser alaranjado e com letras enormes, não o teria notado perdido entre Zíbia Gasparetto, Augusto Cury, ...

4. Aliás, fui ao shopping não para comprar bolsas, mas para aproveitar o desconto que ganhamos nas entradas de cinema nos dias do meu anti-carnaval e ver o filme O Gangster. Muito bom, com vantagem de ser americano e dar o que pensar. O cara - o gangster - cria a seu "mc donalds” (sem trocadilhos) das drogas, tudo na maior ética, inclusive matar, sendo traído pela vaidade alheia. Claro que o filme é muito mais, vale a pena o ingresso, se for com desconto honesto, melhor. Bem, explico ainda o “com vantagem de ser americano e dar o que pensar”: é que paira sobre a coletividade que filmes americanos por serem americanos não têm o que dizer - a tal “mensagem” - só servem para diversão, mais ou menos como o Mc Donalds. Ou só os filmes americanos anti-americanos teriam o que dizer. O bom da fórmula “dar o que pensar” é que a “mensagem” não vem prontinha e bonitinha, é preciso um tantinho de esforço. Ah, Onde os fracos não tem vez (o filme do anti-carnaval, junto com Casablanca) segue a mesma linha do “dar o que pensar” e eu nunca mais vou me esquecer da cara do Antom, o sujeito essencialmente mau que só é interrompido pela providência divina ou pelo acaso, como queiram.

5 comentários:

Anônimo disse...

amor,
vc é muito fera com seus textos.
estou orgulhoso de vc.
beijos jean

André Gonçalves disse...

o javier não está a cara do beiçola?

Cláudio disse...

Na Sodiler, "A Rebelião das Massas" estava na seção de culinária.

Ganhei. :-)

Marco Aurélio Antunes disse...

Você com "livrinhos com teor anti-americano"? Quem diria... Hehe. Acho que meu hábito de trocar livros está influenciando certas pessoas... Eu também já troquei o meu exemplar de Lolita. Quando penso que já esgotou meu estoque de livros para trocar, sempre encontro mais um ou outro que me ajudam na compra de um novo. Minha última troca foi "Altas literaturas", de Leyla Perrone-Moisés, por "Uma das coisas esquecidas", de R. S. Rose, que dá uma paulada naquele "velhinho da música" que governou o Brasil por longo tempo...

Anônimo disse...

Lele Carabina, será que vai lembrar de mim?
Peterso. Do Mach's Spass, do Blog do Petê... se não lembrar, dá uma passadinha lá no VermelhoCarne e confira.

E não é que o "Onde os fracos não têm vez" ganhou mesmo o Oscarito. Vai saber...

Beijo