Coerência não é tudo, eu sei, mas é um sinal. E lembrei de uma frase de Chesterton (que li não sei onde): "A razão tem sua origem em Deus, e quando as coisas não são razoáveis, então é porque há alguma coisa errada."
Quando, em nome da preservação da "mãe natureza", dizem que precisamos ter menos filhos (ou não tê-los) enquanto, em razão dos filhos futuros, radicalizam no discurso (se fosse só discurso...) ecochato, digo, ecológico.
Quando a cultura do "carpe diem" diz que a pessoa deve aproveitar ao máximo o presente (em nome de si mesmo) e enquanto, em nome daquela "mãe natureza", deve pensar no futuro (sempre de forma radical).
Não é coisa de doido ou para deixar doido?
Aí tem este chocante e conhecido por "Caso Nardoni" que comove Brasil e meio (se não comovesse, seria o fim dos tempos mesmo), porque é justamente inadmissível, impensável, que pais joguem filhos pela janela, ou seja, que os matem.
Bom, considerando a premissa, o que dizer dos infantícido de índios que ocorre no Brasil? Ora, da mesma forma são crianças sendo mortas, enterradas vivas, e pior, por uma (falsa) idéia de "bem", de "cultura", do escambau, na compreensão de antropólogos e catrefa. O caso não é de escandalizar, de sair na imprensa, da Record ir in loco e fazer suas reportagens sentimental-sensacionalistas? Ou o escândalo, a comoção nacional, é característica do movimento de boiada?
Enquanto não sai na imprensa, aquela que atinge a massa, é possível saber do infanticídio dos pequenos índios nestes blogs aqui e aqui, e no site da ONG ATINI.
Ah, e por coerência, aborto é infanticídio.
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