Todos os poemas são um mesmo poema, Todos os porres são o mesmo porre, Não é de uma vez que se morre... Todas as horas são horas extremas! (Mário Quintana)
domingo, 22 de fevereiro de 2009
Clareando os dias
Obrigada, meu Deus, por esta vida que recebemos de Tuas mãos e a quem, como pradrinhos, seremos corresponsáveis por apresentá-la ao mundo, às descobertas. Não, não se faz filho para o mundo, mas para Deus (e, para incredulidade dos céticos, a criatura será capaz de viver no mundo). Eu fiquei espantada olhando pelo vidro o berçário, pensando mil coisas. É impossível não perceber o mistério que envolve a vida ou admirar a beleza e não ver a presença Divina. E que este ser, agora nos braços, já era vida desde o início. De onde viemos, para onde vamos? Só Deus sabe. Entre um ponto e outro, tu serás muito amada.
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
Amar do outro lado da rua...
Triste é a decepção pela mudança que rompe o amor (ou seria amor a uma ilusão?). É óbvio que há mudança (na verdade escolhas), mas há mudanças mais essenciais que outras. Difícil é amar apesar das escolhas; não aceitar inverdades e ainda assim amar a pessoa. Deve ser por isso que amar dói (fato que derruba as teses hedonistas sobre o amor, sejam elas quais forem). Afinal, complicado é amar de qualquer forma, do amor como diz o mandamento maior. Não é possível amar estando cada um de um lado da rua, a cumprimentar com um aceno sem graça; ou amar na superficialidade do interesse em saber como vão as coisas e responder com amabilidade social que tudo bem. Ao menos a tristeza neste caso tem um fundamento de ser, como um dado estatístico, um termômetro. E dizer que amar é simples é de um minimalismo sentimental tolo, no mínimo. Por Graça, ainda há a esperança para salvar o mandamento (e, como diz o poeta, amamos e permanecemos).
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