Ao longo da gestação eu fui colhendo, ou melhor, cultivando os sentimentos mais intensos, vivendo as emoções de forma mais intensa. Dizem que os hormônios são os culpados. Acredito, como também acredito que não nos resumimos à biologia e os hormõnios são parte de uma mudança muito mais... transcedental. Daí que, não havendo resistência a esta emotividade, ou vergonha de mostrar aos outros, a gente vive até meio que bobona, mas e daí? É tão bom, tão diferente de tudo... E daí eu selecionei e li para ele uma poesia que eu amo, uma música especificamente que eu escutei durante a gravidez (Fico Assim Sem Você, cantada pela Adriana Calcanhoto) e hoje lembrei desta música pop de melodia grudenta até, mas não importa, eu faço associações outras que me deixam muito bem, enquanto espero... Nestes últimos dias, nesta última semana, é uma lenta espera, um retorno e espera de novo... era para ser dia 19, estava meio combinado, mas não sentia que seria nesta data e pela manhã de quinta passada, no caminho para a médica, comentei com meu marido que não sentia que era a hora do bebê. Sob orientação da médica, que por sinal um amor e ótima profissional até agora, adiamos para segunda, dia 23. Depois da orientação dela, comentei o que estava sentindo e ela me disse que isso também era importante. Saí aliviada, mesmo sabendo que deveria esperar mais um pouco. E de noite cai uma tempestade que foi muito feia para os lados do hospital, caiu luz, cairam árvores e tudo. Pode não ter relação uma coisa com a outra, o que importava na minha forte intuição (que eu acredito ser a voz de um anjo Divino) era que podia até ser a minha hora, mas não a dele de nascer... Bom, ainda vou a uma festa de casamento de uma amiga, toda barriguda.
Esperando Na Janela
Cogumelo Plutão
Composição: Blanch
Você é a escada da minha subida
Você é o amor da minha vida
É o meu abrir de olhos do amanhecer
Verdade que me leva a viver
Você é a espera na janela
A ave que vem de longe tão bela
A esperança que arde em calor
Você é a tradução do que é o amor
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